INFORMAÇÕES

História

Estas são as informações recolhidas sobre a história e, particularmente, sobre o patrimônio histórico e artístico da cidade de Vassouras.


Ramos de café e de tabaco circundam o escudo do Império.

A origem do nome Vassouras, segundo a tradição, se deve à grande quantidade de “vassourinha”, um arbusto muito utilizado para fazer vassoura. Também foi chamada "Princesinha do Café", "Cidade das Palmeiras" e "Terra dos Barões", pelo importante papel que exerceu no período auge de produção de café. Foi Garcia Rodrigues Paes Leme o primeiro a desbravar a região, que se tornou um conglomerado de tropeiros e, em seguida, a sesmaria de Vassouras e Rio Bonito daria lugar à Vila de Vassouras. Com a inauguração da via férrea, Vassouras foi elevada à categoria de cidade, em 1857. Vassouras enriqueceu com a economia cafeeira, se transformou num dos principais núcleos da aristocracia fluminense. Com a abolição da escravidão e o declínio da produção monocultora, surgiram as pequenas lavouras de hortaliças e cereais. Hoje em dia, a sua economia baseia-se em atividades agropecuárias, principalmente gado de corte e leiteiro, e na cultura de tomate.


Gravura representando Vassouras em 1843.


Vassouras ainda guarda, em sua arquitetura, vestígios do período áureo da produção de café: prédios, praças, chafarizes, figueiras palmeiras centenárias. O conjunto urbanístico e arquitetônico do século XIX, situado no centro do distrito, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na Praça central, que hoje se chama Barão do Campo Belo, se encontra a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, cuja forma atual data de meados do século XIX: tem uma nave central única e a capela-mor é ladeada por corredores que dão acesso a quatro altares laterais, ao coro e ao batistério. O altar-mor de madeira possui um arco de cruz ladeado por dois púlpitos. No frontão, destacam-se o relógio e duas torres com sinos e galos no topo.


Vista da Igreja da Matriz

O atual Museu Casa da Hera foi erguido em 1830, mas conserva hoje a sua construção em estilo colonial. Situa-se no meio de uma chácara, tem um pátio central de forma quadrangular, com alas social, comercial e familiar. Guarda um acervo de cristais, pratarias, faianças, telas a óleo, porcelanas, castiçais, lampiões, peças de vestuário e mobiliário completo, típico do século XIX. Seus salões serviram para o encontro da “boa sociedade” de Vassouras.


Salão comercial do Museu da Chácara da Hera, Vassouras: os fazendeiros vinham a Vassouras fazer negócios e pernoitavam na casa do comissário Joaquim Teixeira Leite

A Estação Ferroviária, inaugurada em 1912, pelo então Presidente da República, Hermes da Fonseca, foi restaurada, tendo sido preservadas as  suas características originais. A antiga plataforma é coberta com meia água de mãos francesas e ostenta uma torre com relógios.


Estação Ferroviária de Vassouras

O Cemitério Nossa Senhora da Conceição, localizado na Praça Cristóvão Corrêa e Castro, ocupa um terreno doado pela Irmandade Nossa Senhora da Conceição e foi construído em 1848 para os membros da Irmandade. Tem um portão de ferro, ladeado por pilares em cantaria.


Cemitério Nossa Senhora da Conceição

O Chafariz D. Pedro II foi inaugurado em 1849, no aniversário do Imperador, que sugeriu sua construção durante uma visita a Vassouras. O Chafariz, situado na atual Praça Barão de Campo Belo, tem ao fundo a Igreja Matriz. Foi construído a partir do projeto do arquiteto espanhol Joaquim de Soto Garcia de La Vega.


Foto antigo do Chafariz Pedro II

Há ainda toda uma série de palacetes que perteceram à aristocracia cafeeira, e que passaram a abrigar - e abrigam hoje - instituições as mais diversas. O Palacete do Barão do Ribeirão e do Visconde de Cananéia, datado de 1860, serviu como cadeia do município e, mais tarde, abrigou o Fórum da Comarca. O Colégio Santos Anjos foi a antiga residência do Dr. Caetano Furquim de Almeida, tendo sido construído em 1859. O Palacete Barão de ltambé, terminado em 1849, pertence atualmente à Fundação Educacional Severino Sombra. O Palacete Barão de Vassouras que pertenceu a Francisco José Teixeira Leite, Barão de Vassouras, foi onde o Imperador assinou o contrato para a construção da Estrada de Ferro D. Pedro II. A Casa de Cultura Tancredo Neves localiza-se no palacete construído em 1868 que pertenceu ao tenente Francisco José Teixeira de Souza e, posteriormente, ao Barão de Itambé. O Palacete Barão de Massambará, até 1874, foi moradia do Barão de Massambará. Mais tarde, adquirido pelo Governo da Província, serviu de abrigo ao Colégio Thiago Costa, primeiro educandário misto de Vassouras. Durante a construção da BR-393 foi cedido ao DNER. Em 1968, passou à Fundação Educacional Severino Sombra. O Paço Municipal, inaugurado em 1874, foi construído pela direção de obras públicas da Província, serviu de Coletoria, Júri e Cadeia. Atualmente, é a sede da Prefeitura e da Câmara Municipal.


A fonte principal desta pesquisa pode ser encontrada em http://pt.wikipedia.org/wiki/Vassouras.